tag:blogger.com,1999:blog-17488932733089239072024-02-07T08:44:10.605-03:00Fragmentos JornalísticosAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.comBlogger157125tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-12670764578359428862013-11-15T22:55:00.000-02:002013-11-15T22:55:09.441-02:00A duplicação digital do mundo e os seus riscos<h1 class="titulo_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.06em; margin: 0px 0px 5px; text-align: center; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">Trechos da entrevista concedida por Eric Sadin à Carta Maior</span></h1>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg3l2_iVQce972HwseeY9PVe6SdLPGhxGm_LNgKSDDyhlfW0O6r3Qd6yc8MUW6JwDqcpe9R9k7iqTmgWj7nTbMQf9KLm5ZZLuhKr6Nm1Lr3aFw1iVgSfGyuW_hAvcw4ERK8pvFFdUYYiTR/s1600/sadin2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgg3l2_iVQce972HwseeY9PVe6SdLPGhxGm_LNgKSDDyhlfW0O6r3Qd6yc8MUW6JwDqcpe9R9k7iqTmgWj7nTbMQf9KLm5ZZLuhKr6Nm1Lr3aFw1iVgSfGyuW_hAvcw4ERK8pvFFdUYYiTR/s320/sadin2.jpg" width="194" /></a></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Paris</b> - Já não estamos sós. Um duplo ou muitos duplos nossos permanecem nos incontáveis Data Center do mundo, nas redes sociais, nas memórias gigantescas do Google ou da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA. É o que o ensaísta francês Eric Sadin, um dos autores mais proféticos e brilhantes na análise das novas tecnologias, chama de “humanidade paralela”.</span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />Em entrevista à Carta Maior, Eric Sadin analisa esse duplo tecnológico que nos facilita muitas coisas e ao mesmo tempo nos espreita a ponto de transformar nossa humanidade.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Eric Schmidt, o presidente do Google, diz em seu último livro, “The New Digital Age”, que “acabamos de deixar os starting-blocks” da revolução digital. Você, ao contrário, estima que a revolução digital está acabando. Fim ou nova fase?</b><br /><br />A década atual assinala o fim do que se chamou de “revolução digital” que começou no princípio dos anos 80 mediante a digitalização cada vez maior do real: a escrita, o som, a imagem fixa e animada. Esse amplo movimento histórico se deu paralelamente ao desenvolvimento das redes de telecomunicação e tornou possível o advento da internet, ou seja, a circulação exponencial dos dados na rede: as condições de acesso à informação, o comércio e a relação com os outros através dos correios eletrônicos e das redes sociais.<br /><br />Hoje, esta arquitetura que não parou de se desenvolver e se consolidar está solidamente instalada em escala global e permite o que chamo de “a era inteligente da técnica”. Nosso tempo instaura uma relação com a técnica que já não está prioritariamente fundada sobre uma ordem protética, ou seja, como uma potência mecânica superior e mais resistente que a de nosso corpo, mas sim como uma potência cognitiva em parte superior á nossa. Há robôs imateriais “inteligentes” que coletam massas abissais de dados, os interpretam à velocidade da luz ao mesmo tempo em que são capazes de sugerir soluções supostamente mais pertinentes e inclusive de agir em nosso lugar como ocorre com o “trading algorítmico”, por exemplo.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Você se refere ao surgimento de um componente “orgânico-sintético que repele toda dimensão soberana e autônoma”. Em resumo, o mundo, nossas vidas, está sob o comando do que você chama de “a governabilidade algorítmica”. O ser humano deixou de administrar.</b><br /><br />Não se trata de que já não administra, mas sim de que o fará cada vez menos em benefício de amplos sistemas supostamente mais eficazes em termos de optimização e de segurança das situações individuais e coletivas. Isso corresponde a uma equação que está no coração da estratégia da IBM. Esta empresa implementa arquiteturas eletrônicas capazes de administrar por si mesmas a regulação dos fluxos de circulação do tráfego nas estradas, ou a distribuição de energia em certas cidades do mundo. Isso é possível graças à coleta e ao tratamento ininterrupto de dados: os estoques de energia disponíveis, as estatísticas de consumo, a análise dos usuários em tempo real.</span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />Estas informações estão conectadas com algoritmos capazes de lançar alertas, de sugerir iniciativas ou assumir o controle decidindo por si mesmo certas ações: aumento da produção, compras automatizadas de energia nos países vizinhos, o corte do fornecimento em certas zonas.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Isso equivale a uma espécie de perda maior de soberania.</b><br /><br />A meta consiste em buscar a optimização e a segurança em cada movimento da vida. Por exemplo, fazer que uma pessoa que passa perto de uma loja de calçados possa se beneficiar com a oferta mais adequada ao seu perfil, ou que alguém que passeia em uma zona supostamente perigosa receba um alerta sobre o perigo.<br /><br />Vemos aqui o poder que se delega à técnica, ou seja, o de orientar cada vez com mais liberdade a curva de nossas existências. Esse é o aspecto mais inquietante e mais problemático da relação que mantemos com as tecnologias contemporâneas.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">O escândalo de espionagem que explodiu com o caso Prism, o dispositivo mediante o qual a NSA espiona todo o planeta, expôs algo terrível: não só nossas vidas, nossa intimidade, são acessíveis, mas elas estão digitalizadas, convertidas em Big Data, duplicadas.</b><br /><br />Prism revelou dois pontos cruciais: em primeiro lugar, a amplitude abismal, quase inimaginável, da coleta de informações pessoais: em segundo, a colusão entre as empresas privadas e as instâncias de segurança do Estado. Este tipo de coleta demonstra a existência de certa facilidade para apoderar-se dos dados, guardá-los e depois analisá-los para instaurar funcionalidades de segurança. A estreita relação que liga os gigantes da rede com a NSA deveria estar proibida pela lei, salvo em ocasiões específicas. De fato, não é tanto a liberdade o que diminui, mas sim partes inteiras de nossa vida íntima.</span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />O meio ambiente digital favoreceu o aprofundamento inédito na história do conhecimento das pessoas. Este fenômeno está impulsionado pelas empresas privadas que coletam e exploram essas informações, frequentemente recuperadas pelas agências de segurança e também por cada um de nós mediante as ondas que disseminados permanentemente, às vezes sem consciência disso, às vezes de maneira deliberada. Por exemplo, através da exposição da vida privada nas redes sociais.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Em seu livro você se refere a uma figura mítica do cinema, Hal, o sistema informático da nave Discovery, que aparece no filme 2001, uma Odisseia no Espaço. Hal é, para você, a figura que encarna nosso futuro tecnológico através da inteligência artificial.</b><br /><br />Hal é um sistema eletrônico hiper-sofisticado que representa a personagem principal do filme de Stanley Kubrick. Hal é um puro produto da inteligência artificial, capaz de coletar e analisar todas as informações disponíveis, de interpretar as situações e agir por conta própria em função das circunstâncias.</span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br />Exatamente como certos sistemas existentes no “trading algorítmico” ou no protocolo do Google. Hal não corresponde mais a uma figura imaginária e isolada, mas sim a uma realidade difusa chamada infinitamente a infiltrar setores cada vez mais amplos de nossa vida cotidiana.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Nessa mesma linha, para você, se situa o Iphone ou os Smartphones. Não se trata de joguinhos, mas sim de um quase complemento existencial.</b><br /><br />Creio que a aparição dos Smartphones em 2007 corresponde a um acontecimento tecnológico tão decisivo como o da aparição da internet. Os Smartphones permitem a conexão sem ruptura espaço-temporal. Com isso, os Smartphones expõem um corpo contemporâneo conectado permanentemente, ainda mais na medida em que pode ser localizado via GPS. Através dele também se confirma o advento de um “assistente robotizado” das existências por meio dos inúmeros aplicativos capazes de interpretar uma grande quantidade de situações e de sugerir a cada indivíduo as soluções supostamente mais adaptadas.<br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Esses objetos, que são táteis, nos fazem manter uma relação estreita com o tato. Mas, ao mesmo tempo em que tocamos, as coisas se tornam invisíveis: toda a informação que acumulamos desaparece na memória dos aparatos: fotos, vídeos, livros, notas, cartas. Estão, mas são invisíveis.</b><br /><br />De fato, esse duplo movimento deveria nos interpelar. Nossa relação com os objetos digitais se estabelece segundo ergonomias cada vez mais fluidas, o que alenta uma espécie de crescente proximidade íntima. A anunciada introdução de circuitos em nossos tecidos biológicos amplificará o fenômeno. Por outro lado, essa “familiaridade carnal” vem acompanhada por uma distância crescente, por uma forma de invisibilidade do processo em curso.</span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso é muito emblemático no que diz respeito aos Data Centers que contribuem para modelar as formas de nosso mundo e escapam a toda visibilidade. É uma necessidade técnica. No entanto, essa torsão assinala o que está em jogo em nosso meio ambiente digital contemporâneo: por um lado, uma impregnação contínua dos sistemas eletrônicos; por outro, uma forma de opacidade sobre os mecanismos que o compõem.<br /><br /><br /><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Tradução: Marco Aurélio Weissheimer</b></span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;"><br /></b></span></div>
<div class="texto_detalhe" style="background-color: white; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; word-wrap: break-word;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em;">Leia a entrevista na íntegra <a href="http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/A-duplicacao-digital-do-mundo-e-os-seus-riscos/6/29513">aqui</a>. </span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-81337337625880102422013-08-21T21:40:00.001-03:002013-08-21T21:41:30.989-03:00Heróis e vilões não cabem na reportagem<h1 style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 18.0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #fafafa; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12pt;"><span style="font-weight: normal;">Reproduzo, mais uma vez aqui, um belo texto
de Eliane Brum, publicado originalmente no site da </span><a href="http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/eliane-brum/noticia/2013/08/bheroisb-e-bviloesb-nao-cabem-na-reportagem.html">Revista Época</a><span style="font-weight: normal;">.<o:p></o:p></span></span></h1>
<div>
<span style="background: #FAFAFA; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: #fafafa; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<h1 style="font-weight: normal; margin: 18pt 0cm 6pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: #fafafa; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">
<span style="font-size: large;">Heróis e vilões não cabem na reportagem</span></span></h1>
<span style="background-color: #fafafa; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">
<h1 style="font-size: 12pt; margin: 18pt 0cm 6pt; text-align: justify;">
<span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O debate que a Mídia Ninja tornou visível é maior do que
Pablo Capilé e o Fora do Eixo</span></h1>
<div style="font-size: 12pt; font-weight: normal;">
<span style="color: windowtext; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="capitalize" style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
As ruas, as de paralelepípedos e as de bytes, foram
tomadas nas últimas semanas por um debate que opôs o que se tem chamado de
“mídia tradicional” ou “grande mídia” a esta que se apresenta como “Mídia Ninja
(Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação). Em especial a partir do momento
em que ficou clara a ligação entre o coletivo Fora do Eixo e a Mídia Ninja, no
programa<span class="apple-converted-space"><span style="color: #444444;"> </span></span><span style="color: #444444;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=vYgXth8QI8M" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; outline: 0px;" target="_blank"><b>Roda Viva</b></a></span>, da
TV Cultura, que colocou Pablo Capilé e Bruno Torturra no centro da roda.
Pessoas que conheciam o Fora do Eixo por dentro deram depoimentos arrasadores
nas redes sociais. Artigos sobre o funcionamento do grupo, que a maioria dos
brasileiros desconhecia, ganharam destaque na imprensa. É importante conhecer o
Fora do Eixo e pensar a Mídia Ninja em toda sua complexidade e com todas suas
contradições. Mas também é igualmente importante escapar de uma luta colocada
em termos do bem contra o mal, que parece ter se imposto de parte a parte em
alguns espaços, porque é nesse maniqueísmo que a complexidade se esvai. O
maniqueísmo funciona como silenciador de sentidos, ao virar uma armadilha que
nos desvia de um caminho mais penoso e menos imediato, povoado por dúvidas, em
que cada um precisa confrontar seus próprios dogmas e assumir a tarefa, sempre
trabalhosa e cheia de percalços, de construir conhecimento. Em momentos tão
ricos como o que vivemos hoje, ganhamos possibilidades se formos capazes de
ampliar e complicar as perguntas, em vez de encontrar respostas rápidas e
fechadas que as matem antes de nascer. <o:p></o:p></div>
<div class="capitalize" style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
A Mídia Ninja colocou no centro um debate sobre
jornalismo que até então fluía nas bordas. Esse debate é anterior a ela. É
travado por vários protagonistas, individuais e coletivos, inclusive dentro das
redações da imprensa tradicional. Ao tornar-se visível nas manifestações de
junho, destaque na imprensa brasileira e internacional, a Mídia Ninja o tornou
visível. Esse talvez seja o seu maior mérito. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Será uma pena se o debate sobre jornalismo for
calado, como tem acontecido, em nome de saber se Pablo Capilé é herói ou vilão,
visão que tem variado conforme o narrador. Nesse debate, não há respostas
únicas nem fechadas, muito menos detentores da verdade absoluta, a mais
inverossímil das invenções humanas. Se é importante conhecer em profundidade o
Fora do Eixo e sua figura central – e acho que é –, também é importante não
reduzir um debate que é maior. Tratando aquele que é apenas um dos
protagonistas como se fosse o único, ao desqualificá-lo, desqualifica-se toda a
discussão. Isso é uma modalidade de silenciamento. Sem esquecer que o
jornalismo se engrandece na medida em que se afasta dos heróis e dos vilões,
sempre pobres de humanid ade. É ao debate sobre jornalismo – e especialmente
sobre reportagem – q ue me parece importante voltar. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Ao longo do século 20, a imprensa consolidou uma
hegemonia na tarefa de documentar sua época. Tornou-se a principal, às vezes a
única, versão sobre os acontecimentos. Definiu o que era um acontecimento que
merecia ser contado e o que não era e poderia ser apagado, na medida em que não
virava narrativa. É importante sublinhar que, para a maioria dos homens e das
mulheres que constroem o país, o mundo ou a aldeia em sua existência cotidiana,
não ser reconhecido na narrativa da História tinha – e tem – um efeito brutal.
A invisibilidade é, talvez, a violência que inaugura todas as outras. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
A imprensa cumpriu bem o papel de documentar sua
época sempre que ampliou as vozes e alcançou uma narrativa múltipla,
complexa e contraditória do seu tempo. Cumpriu mal seu papel quando reduziu as
versões e deixou de contar capítulos inteiros. Falhou miseravelmente todas as
vezes em que tentou se colocar como totalmente isenta, imparcial e objetiva -
ou como detentora de uma verdade única. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Essa relação entre quem conta e quem é contado – ou
não é contado – nunca foi tranquila nem pacífica, já que é feita por homens e
mulheres, não por uma entidade acima e ao largo de tudo. As batalhas foram e
são travadas dentro e fora das redações, num embate necessário entre visões de
mundo. Dentro das redações sempre existiram focos de discordância da posição
editorial do veículo – e eram melhores os veículos em que essa disputa se dava
como parte do cotidiano. Outros espaços foram criados para transformar em
acontecimentos as pessoas, os fatos e as denúncias ignorados pela imprensa
tradicional, como ocorreu na época da ditadura militar com a “imprensa al
ternativa”. Soa um tanto estúpido acreditar que a imprensa pudesse não ser
afetada pela vida e pelas vidas. E a vida e as vidas sempre vazaram dentro e
fora das redações. A documentação da história em movimento – a matéria do
jornalismo – é um embate no campo da política. E também é disso que se trata
agora. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
A internet quebrou a hegemonia da imprensa, na
medida em que criou novos espaços de documentação, para além dos tradicionais,
e permitiu a ampliação dos narradores numa escala antes impossível de ser
atingida. E na medida também em que eliminou uma mediação, antes feita
principalmente por jornalistas. Aqueles que não eram contados passaram a ter os
meios para contar e ser escutados por outros também não contados. Aqueles que
eram contados, mas discordavam da versão sobre si mesmos – e não falo apenas de
indivíduos, mas também de grupos e de linhas de pensamento – passaram a
produzir outras narrativas em resposta, no minuto seguinte. Sobre esse aspecto,
talvez o episódio recente em que isso tenha ficado mais claro seja a declaração
de morte de um grupo de guar anis caiovás, no ano passado. A carta foi
amplamente divulgada nas redes sociais. Brasileiros urbanos passaram a falar,
pelo Twitter e pelo Facebook, diretamente com as lideranças indígenas. Essa
narrativa, construída à parte dos veículos tradicionais, impôs a questão tanto
à pauta do governo quanto à da própria imprensa (escrevi sobre isso<span class="apple-converted-space"><span style="color: #444444;"> </span></span><span style="color: #444444;"><a href="http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/10/decretem-nossa-extincao-e-nos-enterrem-aqui.html" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; outline: 0px;"><b>aqui</b></a></span><span class="apple-converted-space"><span style="color: #444444;"> </span></span>e<span class="apple-converted-space"><span style="color: #444444;"> </span></span><span style="color: #444444;"><a href="http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/11/sobrenome-guarani-kaiowa.html" style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; outline: 0px;"><b>aqui</b></a></span>). <span style="color: #444444;"> <o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
A ampliação das narrativas e a democratização do
acesso aos meios de narração, pelo surgimento da internet, são compreendidas em
alguns espaços<span style="color: #444444;"> </span>como o fim do jornalismo.
Discordo totalmente dessa tese. No meu ponto de vista, para que essa tese
pudesse ter consistência seria preciso encarar o jornalismo como algo imutável
e dado, algo que teria sido sempre como hoje o conhecemos – e já estamos
desconhecendo. O processo histórico mostra que o jornalismo é um campo em
construção, dissolução e transformação, como tudo. E não poderia ser diferente,
na medida em que está em disputa a narrativa do presente -- algo que causa
enorme impacto tanto sobre o próprio presente como também sobre a forma como
ele será interpretado no futuro. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Nem me parece que a crise se restrinja a um modelo
de negócios que precisa ser reinventado. Também é isso, mas não só. Estamos
diante de uma mudança mais ampla, sobre a qual temos poucas pistas e certezas
muito frágeis. Ao mesmo tempo que essa mudança ultrapassa o jornalismo, é
também contada por ele. Isso mostra não sua decadência, mas sua força. Parece
mais claro é que esta é uma crise de hegemonia. Terá mais chance de se
reinventar quem aceitar que as narrativas agora se dão em múltiplos espaços.
<o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Se é fato que hoje todos podem contar e se contar,
que a definição do que é acontecimento se tornou território de um conflito com
um número maior de participantes, travado para muito além das redações e dos
espaços tradicionais de poder, também é fato que se fazer ouvir/ler/assistir
tornou-se mais trabalhoso, e sem nenhuma garantia. O leitor – aqui entendido
não apenas como leitor de textos escritos, mas como um leitor de realidades
múltiplas – é hoje também um escritor de realidades. Não só na medida da sua
produção pessoal, mas também porque continua a escrever os textos com sua
opinião, discordância, sugestões, teses, ponderações e dúvidas, mesmo nos
espaços tradicionais do jornalismo. Com esse aumento de poder de escolha e de
intervenção, o lei tor tem se tornado mais seletivo ao escolher com que e com
quem gastará seu tempo – e faz essa seleção numa paleta mais ampla. Esse
deslocamento do lugar do leitor, antes um receptor até certo ponto passivo,
provoca uma desacomodação geral. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Minha hipótese é de que o jornalismo, nos meios
tradicionais e também nos novos, terá importância nesse mundo em aberto se for
capaz de fortalecer e qualificar aquilo que é sua carne, sua espinha e também
sua alma: a reportagem. Se, em vez disso, quiser competir com as narrativas
ligeiras e superficiais que abundam na internet, perderá seu ponto de
diferença. Pode até conseguir aumentar o número de acessos para suas páginas de
imediato, mas, a médio prazo, perderá reputação e, por consequência, espaço e
relevância. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Não sei como os espaços de reportagem, tradicionais
e novos, serão financiados no futuro próximo. Essa e outras respostas estão em
construção no mundo inteiro, não só no Brasil. É preciso fazer parte dessa
construção como protagonista. O tempo de esperar que alguém diga como funciona
já passou. Para que essa construção e esse debate sejam qualificados, é
fundamental escaparmos, mais uma vez, do maniqueísmo, útil apenas para enevoar
o olhar. Grandes reportagens, crônicas, artigos e ensaios foram produzidos pela
imprensa tradicional, e muito do que hoje se discute se tornou possível a
partir dessas reflexões. Transformar a imprens a tradicional em vilã, como
alguns têm feito, demonstra apenas igno rância sobre o processo histórico e os
embates dentro dele. Assim como reduzir as novas iniciativas a menoridades
demonstra o mesmo tipo de ignorância. As oposições são menos óbvias do que
parecem. O que soa novo às vezes é bem velho. E o que é velho nem sempre é
ruim, pelo contrário. Tanto o novo quanto o velho não são bons ou ruins por
definição. Os sentidos são algo em disputa. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
De que lugar falo? Essa é sempre uma pergunta cuja
resposta é preciso ficar tão clara quanto possível. Não sou uma pesquisadora
acadêmica sobre o tema nem tenho uma investigação teórica sobre este e outros
momentos da imprensa. Para isso, há gente mais habilitada que eu. Meu
conhecimento sobre essas questões foi construído pela reflexão cotidiana, ao
longo de 25 anos de reportagem – os últimos quatro também como colunista de
opinião, algo que não se confunde com a reportagem, embora a use em parte.
Quero concluir esta coluna com a reflexão sobre o que é reportagem, como a
compreendo, porque esta, talvez, seja minha melhor contribuição para o debate.
<o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Cada repórter, antes de sair de casa, da redação ou
do seu umbigo para as ruas do mundo, precisa primeiro atravessar a rua de si
mesmo. Este é um movimento profundo e constantemente aprimorado, que cada um
encontra seu próprio jeito de fazer. Mas é um movimento obrigatório se
quisermos ter a chance de encontrar o outro. Nesse movimento, nos esvaziamos de
nossa visão de mundo, de nossos preconceitos, de nossos julgamentos, para irmos
o mais vazios possível em direção ao mundo que é o outro, para que possamos ser
preenchidos por ele e então empreendermos a viagem de volta, o que está longe
de ser fácil. Quando voltamos para casa somos outros, transformados por essa
experiência de ser um outro . Nesse movimento de ida e volta, em que aquele que
foi já não é o mesmo q ue retorna, nosso desafio é decifrar a narrativa ou as
narrativas daquela pessoa, daquele grupo, daquele mundo ou daquele acontecimento.
<o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
A reportagem é sempre uma decifração do outro e do
mundo do outro. Por mais que pesquisemos antes, e precisamos pesquisar, é
fundamental partirmos de um não-saber. É preciso saber muito para ser capaz de
se perder – e, diante do outro, nos colocamos sempre perdidos. Quando
acreditamos conhecer essa realidade antes de buscá-la, fechamos o espaço da
descoberta e voltamos para o lugar de onde nunca saímos, com aquilo que nunca
saberemos. Iludidos de que partimos e chegamos, mas de fato cimentados na mesma
posição, pela ausência do gesto essencial. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Desvendar as narrativas do outro exige uma postura
de humildade. A começar pela consciência de que somos seres falhos. Acreditar
que ser repórter nos faz pairar acima da sociedade, encarnando uma isenção e
uma imparcialidade que sabemos impossível, é perigoso para si mesmo e
principalmente para quem abre a porta da sua vida para nos contar de si. Só o
fato de decidir contar uma história já altera aquela história. É preciso ter a
humildade de saber que atuamos lambuzados de cultura, com os dois pés enfiados
no tempo. Sabendo-nos parte – e falhos –, podemos tomar as precauções possíveis
para que tenhamos chance de chegar mais perto das verdades todas. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Depois do movimento interno de esvaziamento, o
instrumento do repórter é a escuta. É a qualidade dessa escuta que garante a
qualidade da reportagem. Como escutadores da narrativa de um outro, escutamos
não só o que é dito como aquilo que não é dito, não só a voz, mas o silêncio,
não só as palavras, mas os gestos, os cheiros, as expressões, os móveis e os
objetos da casa, assim como suas rachaduras. Essa é uma escuta que se faz não
só com os ouvidos, mas com todos os sentidos, em que só conseguimos descobrir a
linguagem habitada pelo outro se, por um momento, nos desabitarmos. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Nos episódios em que deixamos esse lugar de escuta,
porque às vezes não o sustentamos, é preciso contar ao leitor. É assim que nos
precavemos de nossa condição humana e falha, dessa condição de ser na História
e para a História. E conseguimos honrar a dignidade desse pacto em que alguém
abre a porta da sua casa e dos seus interiores para se deixar decifrar como
narrativa. É só por causa desse movimento que nos tornamos capazes de escutar
um torturador, um pedófilo, um serial killer, para além do rótulo ocultador de
“bandido”. Assim como a “vítima”, para além de uma circunstância que é apenas
parte do que ela é. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Se não formos capazes desse movimento, deixamos de
fora da história não só grandes porções de uma mesma pessoa, mas uma enorme
porção de pessoas. Para o repórter, cada ser humano é uma experiência única e
irrepetível, que será escutado em suas singularidades. É nesse movimento de
decifração que nos tornamos capazes de compreender que não há vidas comuns,
apenas olhos domesticados – e esse olhar domesticado não pode ser o nosso. É no
olhar que se lança para além das camadas enganadoras de uma pretensa banalidade
e dos muros impostos pelos discursos fechados que se faz a resistência
cotidiana do repórter. <o:p></o:p></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; outline: 0px; text-align: justify;">
Ser repórter não é dado pelo fato de atuar na
imprensa tradicional ou nas novas mídias, não é dado por ter diploma ou não,
não é dado por títulos e por prêmios. Ser repórter simplesmente não está dado,
na medida em que é um modo de estar no mundo. É mais do que um fazer – é um
ser. E um ser que só é ao arriscar-se a ser outro. <o:p></o:p></div>
<h1 style="font-size: 12pt; font-weight: normal; margin: 18pt 0cm 6pt; text-align: justify;">
<span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; font-weight: normal;"> </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></h1>
</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-51017846988816381102013-08-20T17:00:00.000-03:002013-08-20T17:00:09.869-03:00Mas, apenas por curiosidade, o que você faz? <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Reproduzo aqui o
artigo “Discurso sobre o método” de Flávio Ricardo Vassoler, escritor e
professor universitário, publicado originalmente na <a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=">Carta Maior</a>. Lembrei-me daquela "gente de humanas que faz um monte que não dá dinheiro" (leia <a href="http://recordarrepetirelaborar.wordpress.com/2013/07/14/gente-de-humanas/">aqui</a>) e de como essa gente é constantemente constrangida e penalizada nos meios institucionais. </b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 115%;">− Mas, apenas por
curiosidade, o que você faz?</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 115%;"> </span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 115%;">A pergunta
aparentemente impune que fazemos ao outro durante os primeiros momentos de
conversa já articula o discurso sobre o método. Desde situações formais do
âmbito de trabalho até a (suposta) intimidade que nada tem – ou pior, nada
teria – a ver com a reprodução das estruturas de poder social, a competição com
o outro e seu enquadramento hierárquico se insinuam como categorias do nosso
olhar.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Assim como o filme
‘O método’ (2005), direção de Marcelo Piñeyro, ao longo do qual postulantes a
um cargo de uma multinacional se veem agrupados em uma sala para a participação
nas mais diversas provas que os arremessam, necessariamente, uns contra os
outros, proponho agora um jogo – ou pior, uma ficção que poderia ser menos
real: imagine que, ao invés de responder à pergunta que dá início a este
discurso sobre o método, você tivesse que escrever sobre sua pele todos os
caminhos já percorridos para (tentar) chegar até onde chegou.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">− Mas, ora, isso
nos obrigaria a andar nus! Como é que eu poderia mostrar toda a minha
capacidade se meu currículo longilíneo não cabe apenas nos meus braços à
mostra?</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Assim falou
Maurício Pompeu de Toledo Filho e Neto. Pois é isso mesmo, Maurício: andemos
nus para desvelarmos todos os nossos esforços sob a forma de tatuagens de
mérito contra a pele nua. Nesse caso, quanto mais superfície de contato, mais
possibilidades de currículo – em meu jogo, o discurso sobre o método acaba
valorizando pessoas acima do peso que tenham mais pele e mais coisas válidas a
dizer sobre suas trajetórias.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Só que o jogo que
proponho, livremente inspirado em A colônia penal, de Franz Kafka, não demanda
apenas tatuagens de mérito. É preciso escrever e descrever sobre o corpo nu,
logo ao lado das (insufladas) conquistas, as muitas derrotas e frustrações. E
mais: vitórias com caneta azul; agruras em vermelho. (Ora, o sangue passará a
circular sobre a nossa pele.) As tatuagens do mérito narcísico passarão a lutar
contra as cicatrizes de nossas decepções.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">− Mas o que
pretendem os funcionários do RH que nos vão entrevistar?</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Em nosso discurso
sobre o método, os entrevistadores sopesam com o mesmo valor tanto o curriculum
vitae quanto o curriculum mortis. A entrevista de emprego assume os ares do
confessionário católico: é preciso haver autopromoção e penitência.
Autopenitência. Devemos mostrar nossa culpa antes que sejamos interpelados.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">O jogo que proponho
transforma o corpo em um campo de batalha. Ora um outdoor, ora o alvo da
vergonha (própria e alheia); ora um veículo de relações públicas, um
merchadising ereto, ora um exemplar resumido do código penal – os espíritos
empreendedores poderiam vender os corpos majoritariamente vermelhos como
apostilas de estudo para os candidatos a concursos públicos.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Aqueles e aquelas
entre vocês que se sentiram algo incomodados com o jogo em questão trazem muito
da náusea que clama por uma sociedade outra. (Na atualidade, eis o bunker da
utopia.) Nosso jogo parece fruto de um esboço para um conto enquadrado pelo
gênero fantástico, mas o absurdo kafkiano que desponta a priori procura mostrar
a brutalidade do cotidiano que há muito introjetamos como transcurso “natural”
das relações. Senão, vejamos: sempre que nos candidatamos a determinado posto,
não é preciso apresentar um curriculum vitae que nos insufle como se fôssemos
exemplares em miniatura de Júlio César? Diante do entrevistador, podemos
demonstrar fragilidade e hesitação? Podemos ser humanos?</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Ora, nosso discurso
sobre o método me parece mais sincero: a ficção que nos deixa nus pede que nos
dispamos por inteiro. As vitórias e os muitos fracassos, os méritos ao lado das
mentiras e picaretagens, o altruísmo se esgueira pela culpa.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">A diferença
fundamental é que, em nossa colônia penal sem torres de vigilância, sentinelas
e muros imediatamente delimitados, já não nos revoltamos com o fato de termos
que ser cativos do (suposto) sucesso. E a patologia competitiva chega ao ponto
de não sabermos mais quando estamos representando – isto é, nos insuflando – e
quando estamos falando de fato sobre nós mesmos. (Pois ainda somos capazes de
hesitar, não? O carrasco de nossa consciência socialmente gerida aconselha
coercitivamente a não respondermos a esta pergunta nem para nós mesmos.)</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Caro leitor e cara
leitora, não lhes parece bárbaro que não possamos revelar a nossos empregadores
– que, salvo engano, também passaram pelas vexatórias entrevistas de emprego,
não? – que temos apenas uma noção pálida do que faremos nos próximos 5 ou 10
anos? Se não sabemos ao certo se estaremos empregados, como podemos responder à
questão sobre quanto esperamos ganhar mensalmente? Por que não podemos dizer
que foram as derrotas sucessivas que nos ensinaram, de maneira trôpega e
errante, que não deveríamos seguir por uma vereda x, mas talvez, e não mais do
que talvez, optar pelo caminho y? Não, não: tudo deve ser assertivo e
inequívoco; burocrático, hierárquico e autoritário como as prateleiras dos
parágrafos de nosso curriculum vitae. Criamos uma narrativa sobre nossa própria
aridez, vestimos a verdade das máscaras. Tudo deve ser assertivo, inequívoco – e
sintético como uma sentença capital.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Em ‘O método’, o
diretor Marcelo Piñeyro leva às últimas consequências o princípio excludente
que estrutura nossa sociedade: se os recursos são escassos e é preciso competir
sem restrições, escrúpulos devem ser relegados como um fardo sumamente
desnecessário. Eis uma atividade que a multinacional propõe aos candidatos
hermética e voluntariamente encalacrados na sala de reuniões: vocês todos estão
em um bunker porque houve uma hecatombe nuclear. A comida é escassa. Nesse
sentido, cada um de vocês deve provar como, nessas condições, suas habilidades
são úteis à sobrevivência do pouco e dos poucos que ainda restam. Os inúteis
serão eliminados – ou pior, demitidos.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">A maioria dos
postulantes ao cargo multinacional pertence ao sexo masculino. O pátrio poder
prevalece e joga a tensão para as duas mulheres que restam. A primeira é jovem
e esbelta; a segunda já ultrapassou a barricada dos quarenta anos.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">− Em que vocês nos
podem ser úteis? – perguntam os candidatos que já se eximiram. Pois a jovem
candidata aceita o estupro visual dos machos alfa e se oferece como bode
expiatório:</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">− Ora, eu serei a
mãe de todos os seus filhos!</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Logo vemos e
ouvimos a unanimidade masculina batendo palmas e assoviando. Mas agora os
olhares ogivas se dirigem contra a mulher aos 40 e tantos anos. “Em que você –
ou pior, a senhora – nos pode ser útil?” A candidata a princípio silencia e
depois começa a gaguejar – sinal de que o curriculum vitae já se confunde com o
curriculum mortis. Cada segundo de hesitação prepara a carta de demissão – ou
“desligamento”, como quer a nova linguagem asséptica do profissionalismo.</span><span class="apple-converted-space" style="line-height: 115%;"> </span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">O darwinismo social
dos candidatos remanescentes – e de nossa colônia penal – sentencia a candidata
infértil ao exílio do desemprego. Penso, logo existo: a ex-candidata não
precisa ouvir da funcionária do RH que é preciso amealhar seus escombros e sair
da sala de competição o quanto antes. O discurso sobre o método já se confunde
com o discurso da servidão voluntária. Agora, os jovens candidatos irão se
devorar até que a passagem do tempo – essa inútil desvantagem comparativa que o
darwinismo social não consegue eliminar – traga novos corpos e currículos para
que o método continue a reciclar a senilidade </span><span style="line-height: 115%;">humana.</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: transparent; line-height: 115%;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space" style="background-color: transparent; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-358476416504578592013-08-06T14:27:00.000-03:002013-08-06T14:28:17.677-03:00OCUPA RODA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhczsUwbJX-XIejlsVLOnGx0Fmcvcwk8ZCegf8RIKIVpuU5v1JHZ0NLAnoAd0knsaEEWdtwoHZpc4Ht7eSBUWC5v5hRTqnQyj3hOffqH-KHceTrKGQQNx_rFd7yUaNu7AvnnKSyCNqKZJL/s1600/1001709_212502622241224_37810422_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhczsUwbJX-XIejlsVLOnGx0Fmcvcwk8ZCegf8RIKIVpuU5v1JHZ0NLAnoAd0knsaEEWdtwoHZpc4Ht7eSBUWC5v5hRTqnQyj3hOffqH-KHceTrKGQQNx_rFd7yUaNu7AvnnKSyCNqKZJL/s640/1001709_212502622241224_37810422_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um dos momentos mais interessantes da TV brasileira dos últimos tempos! </span><span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Roda Viva recebe a Mídia Ninja </span></span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">para debater a crise da imprensa convencional, as novas formas de fazer jornalismo e a onda de manifestações pelo país.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">Bruno Torturra e Pablo Capilé, idealizadores do grupo, deram um banho nos jornalistas da grande imprensa, que a todo momento tentavam desqualificá-los. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">Confira! </span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/vYgXth8QI8M" width="560"></iframe></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-48258885000505933112013-07-24T19:17:00.000-03:002013-07-24T19:17:31.805-03:00Mudanças estruturais para melhorar as condições de vida da população<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">por João Pedro Stedile</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>1. Educação: </b>Destinação de 10% do PIB para educação, melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis, criação da ciranda infantil nas cidades etc.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>2. Saúde: </b>Garantia de investimentos conforme a Constituição, melhoria do SUS, apoio a vinda dos médicos estrangeiros , inclusive os cubanos.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>3. Redução da jornada de trabalho</b> <b>para 40 horas, </b>sem redução do salário.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>4. Transporte público de qualidade:</b> </span><span style="background-color: white; color: #202020; line-height: 22px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Implementar a Tarifa Zero nos transportes públicos para toda população. Essa proposta é viável tecnicamente, por meio do investimento de recursos públicos existentes, sem necessidade de aumentar impostos. Basta comparar o subsídio da Prefeitura de São Paulo para os transportes, ao redor de R$ 1 bilhão, com os recursos destinados para construir um túnel no Morumbi, que custaria R$ 2,4 bilhões para atender a necessidade da elite paulistanas. Felizmente, a licitação encaminhada pelo governo Kassab foi agora suspensa depois do ronco das ruas.</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>5. Contra o PL 4330:</b> <span style="background-color: white; line-height: 22px;">Arquivamento da PEC que implementa a terceirização das relações de trabalho, enterrando a CLT, que é a garantia dos direitos dos trabalhadores.</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>6. Contra os leilões do petróleo e pala revisão do Código da Mineração: </b></span><span style="background-color: white; color: #202020; line-height: 22px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Suspensão dos leilões do petróleo e das outorgas de exploração de minérios que só beneficiam as empresas transnacionais.</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>7. Pela reforma agrária:</b> Aceleração das desapropriações e dos assentamentos , com recursos para a produção de alimentos sadios; pela legalização das áreas quilombolas; pela demarcação imediata das áreas indígenas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>8.</b> <b>Pelo fim do fator previdenciário.</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>9.</b> <b>Reforma política: </b>No seu sentido mais amplo, que comece pelo financiamento público das campanhas e termine por assegurar o direito da população convocar plebiscitos para decidir sobre qualquer tema, inclusive a revogação de mandatos dos eleitos se não cumprirem com suas promessas.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #202020; line-height: 22px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>10. Reforma tributária progressiva:</b> para que os impostos pesem mais sobre os ricos, com taxação das fortunas, e diminuam sobre os trabalhadores pobres.</span></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>11. Reforma urbana: </b>Para melhorar a situação da moradia, a mobilidade das pessoas, a prioridade nos transportes coletivos e acabar com a especulação mobiliária.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>12. Democratização dos meios de comunicação: </b>Aprovação das propostas da Conferência Nacional da Comunicação Social.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-68702347723896543422013-07-24T17:18:00.001-03:002013-07-24T17:18:13.676-03:00Tent Cities no país do Tio Sam<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Cidades acampamentos ressurgem nos EUA, repetindo fenômeno da Grande Depressão do anos de 1930</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQkrKwbhvIRUzTRnrbBpxx8CU-78-kFH-oXeMu5QQqE-WQ-Dq-_Fw" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQkrKwbhvIRUzTRnrbBpxx8CU-78-kFH-oXeMu5QQqE-WQ-Dq-_Fw" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span id="goog_993133047"></span><span id="goog_993133048"></span><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As <i>tent cities</i> que já somam cerca de 30 em todo o país consistem em um dos últimos recursos de milhares de sem tetos, dos novos desempregados e de famílias que foram engolidas pela gula do sistema financeiro após o escândalo das hipotecas de 2008. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Segundo dados do censo oficial de 2010, cerca de 650 mil estadunidenses não tinham onde morar.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O documentário '<i>Camp Take Notices</i>', realizado em 2012, revela a história da <i>tent city</i> em Ann Harbor, no estado de Michigan, que surgiu </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">em 2008 e abrigou cerca de 70 pessoas entre desempregados da classe trabalhadora ou da classe média empobrecida após a crise. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em junho de 2012, o acampamento foi fechado pela polícia com a remoção de todos os seus moradores e o cercamento da área à beira da estrada para evitar novas instalações. </span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="281" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/47145016" webkitallowfullscreen="" width="500"></iframe><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Um retrato do contínuo do abandono do poder público e da luta diária contra a degradação humana</span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-33827416421451497302013-06-18T15:23:00.000-03:002013-06-19T09:41:16.178-03:00NEM ISSO NEM AQUILO: O NÃO-LUGAR DOS NOVOS MOVIMENTOS<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><b>Algumas considerações sobre as discussões que estão
sendo levantadas no calor dos acontecimentos </b></span></span><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnsEJSdG2BpWvjHddlfcjVYO1GrMJW8LK_3m8MowYoeTGQsrgV5muXC2WX-NwW9ngFu6ZONHuzYjuRgXBPWzebiunbfv0BqSeQxf7KU2yjwY-kuQa3LH0Bgya-EGJ_EBaiehv04zJsLSLS/s1600/1000433_497410723665353_208264250_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnsEJSdG2BpWvjHddlfcjVYO1GrMJW8LK_3m8MowYoeTGQsrgV5muXC2WX-NwW9ngFu6ZONHuzYjuRgXBPWzebiunbfv0BqSeQxf7KU2yjwY-kuQa3LH0Bgya-EGJ_EBaiehv04zJsLSLS/s640/1000433_497410723665353_208264250_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Todos esses eventos
apontam para um momento de transição e revelam que a forma partidária está
fadada a perder espaço. Assistimos cada vez mais a uma crise das organizações
tradicionais estruturadas, consolidadas, como partidos e associações de
orientação diretamente política. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há, na sociedade em
geral, um salto dos movimentos sociais organizados para os movimentos sociais
em rede, com base em “coalizões” que se constituem em torno de valores e
projetos comuns. É uma característica intrínseca dessa geração e desses
movimentos, a heterogeneidade, a diversidade e "a falta de foco",
como muitos têm criticado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Acredito que por enquanto,
o papel desses movimentos seja exatamente alimentar as controvérsias públicas,
criando novos espaços para a participação cidadã e questionado o atual estado
das coisas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tais eventos assumem a capacidade </span><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: Calibri;">de criar novas maneiras não só </span><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">desses jovens</span><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: Calibri;"> se
relacionarem com a política, como também, de se tornarem protagonistas em sua
dinâmica.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"> </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
caminho que eles tomarão, se irão ou não, criar ou aderir a alguma bandeira, apresentar
alguma opção viável à política representativa, só o tempo dirá. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No entanto, não é
correto incumbi-los de uma tarefa que nem intelectuais nem pensadores, e a
academia de forma geral, conseguiram problematizar de maneira consistente, chegando
a alguma resposta. E isso não é só no Brasil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por fim, espero e
acredito que o atual momento é de extrema importância para o amadurecimento
desse movimento, que já tinha ganhando as redes sociais e precisava ganhar as
ruas. Por isso, nunca critiquei o tal “ativismo de sofá”, por considerá-lo
apenas uma fase inicial de todo o processo de transformação que esperamos estar
vivenciando. </span><br />
<br /></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Então não critiquemos agora a "falta de foco".</b></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Esperemos o amadurecimento do movimento. </b></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Nada nasce pronto. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVUnl28DqviYj0b1dFyVTP-E-Sjk4LnRj1UOLsskY8ucskMTnZYEKbuk3Emjh0UJ0GxeV7zb4EXrN5V6K8ljpMkCWQ6Y6E8ZA2GKpxCBR-2_QoS2l4j2r781YjJwbjmgM3w01GdVa9-DSg/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVUnl28DqviYj0b1dFyVTP-E-Sjk4LnRj1UOLsskY8ucskMTnZYEKbuk3Emjh0UJ0GxeV7zb4EXrN5V6K8ljpMkCWQ6Y6E8ZA2GKpxCBR-2_QoS2l4j2r781YjJwbjmgM3w01GdVa9-DSg/s400/download.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEkquSmF2R0UkLcJ_LEGNkx5_k7L1PrNOfgdFhjk9YM3l0RrcqogS3Tq6kfKi87ubXLqSb4VpdpitMM7Yc-jWqdQqrFLmD3yuL0hVl8hzu4U-jXM8xuoF6Q6Q2u3yayi02oxaSjwu_0Stp/s1600/945926_203918646428372_1617343580_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEkquSmF2R0UkLcJ_LEGNkx5_k7L1PrNOfgdFhjk9YM3l0RrcqogS3Tq6kfKi87ubXLqSb4VpdpitMM7Yc-jWqdQqrFLmD3yuL0hVl8hzu4U-jXM8xuoF6Q6Q2u3yayi02oxaSjwu_0Stp/s400/945926_203918646428372_1617343580_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-31601759974238488232013-03-05T14:49:00.000-03:002013-03-05T14:50:43.534-03:00Os gatos gordos, mal-amados<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmC88MalplofJYOK6l7oiqL92Jo6hqV4C673v2xcdpPyOpIAofFWyHD5_pK09SG4I06CZfvyuY2Sqim100H39h-Rl_9HmUWmjt9Z_3rdscSeO4TvW3S7UBgKEwOjxIj0BkcKB5BNMZsSOb/s1600/aplantu-la-suisse.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmC88MalplofJYOK6l7oiqL92Jo6hqV4C673v2xcdpPyOpIAofFWyHD5_pK09SG4I06CZfvyuY2Sqim100H39h-Rl_9HmUWmjt9Z_3rdscSeO4TvW3S7UBgKEwOjxIj0BkcKB5BNMZsSOb/s640/aplantu-la-suisse.png" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 14px; line-height: 21px;"><span style="color: red;">Texto de <b>CLÓVIS ROSSI</b></span></span><span style="background-color: #fafafa; color: #555555; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 14px; line-height: 21px;"><span style="background-color: white; color: red;">, publicado no Jornal <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/91256-a-democracia-ante-o-abismo.shtml" style="-webkit-transition: color 0.3s; color: #009eb8; display: inline; font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; outline: none; text-decoration: none;">Folha de São Paulo</a>, Mundo A12, 5 de março de 2013.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">CLÓVIS ROSSI </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Plantu, o grande mestre da "charge" política, trouxe ontem para a capa do "Monde" um grupo de suíços que correm para a fronteira com a França aos gritos de "a Suíça está demasiado à esquerda; queremos nos refugiar na França". Razão da fuga: uma sólida maioria de suíços (67,9%) votou domingo a favor de um projeto contra "remunerações abusivas" no mundo empresarial, a chamada "iniciativa gatos gordos", como ficou conhecida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A sacada de Plantu é genial porque brinca com o fato de que a França é que é conhecida como perseguidora dos "gatos gordos", tanto que o ator Gérard Depardieu criou um baita escândalo recentemente, ao se mudar para a Bélgica para fugir aos impostos sobre os mais ricos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A Suíça, ao contrário, é famosa por proteger as fortunas e seus segredos, o que torna a votação de domingo "uma pequena revolução", diz o "Monde". O projeto prevê que caberá à assembleia-geral de acionistas votar, a cada ano, a soma global de remunerações do conselho de administração e da diretoria. Nada mais democrático, certo? Além disso, ficam vetados os "paraquedas dourados", como são tratados os fabulosos bônus concedidos aos "gatos gordos" quando deixam a empresa, ou prêmios por compra ou venda de companhias. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Foi exatamente um "paraquedas dourado" recente que puxou votos a favor das limitações no plebiscito de domingo: o anúncio de que Daniel Vasella, presidente do grupo farmacêutico Novartis, receberia 72 milhões de francos suíços (R$ 151 milhões) ao deixar o cargo. Vassela renunciou ao pagamento, ante a rebelião que se seguiu ao anúncio. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O tiro nos "gatos gordos" ainda tem que ser regulamentado pelo Parlamento, e provavelmente acabará aguado. Mas, ainda assim, ouso dizer que a votação na Suíça reflete melhor a ira da sociedade europeia com os abusos em que o capitalismo está se esmerando desde que derrotou o comunismo do que o espetacular avanço de Beppe Grillo na Itália. </span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Afinal, a Itália tem sido sinônimo de corrupção há muito tempo e está em processo de estagnação econômica desde o início do século. Surpresa seria se não emergisse um voto de protesto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Já a Suíça é aquela conhecida placidez. Chama a atenção o fato de que a "iniciativa gatos gordos" não tenha sido da esquerda, que, no mundo inteiro, finge conviver mal com as fortunas. Foi proposta por Thomas Minder, empresário e senador da direita xenófoba, que costuma atribuir todos os (poucos) males da Suíça aos imigrantes mal remunerados, quando remunerados, e não aos executivos de salários dourados. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sinal de que o mal-estar está se tornando insuportável, em especial com a banca, aquela cujos salários e bônus chocam mais ainda porque continuaram a ser colossais, mesmo depois da crise pela qual seus executivos foram em parte responsáveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A revista francesa "Marianne" interpreta o voto suíço como uma expressão do desejo de que "o sistema financeiro seja saneado e colocado à disposição da recuperação econômica, o que não está sendo o caso, hoje mais que nunca".</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white;"></span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-86593204942087468162013-02-28T15:12:00.001-03:002013-02-28T15:13:56.455-03:00Stéphane Hessel, pai intelectual dos indignados, morre aos 95 anos<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">via <a href="http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27439/morre+o+escritor+stephane+hessel+pai+intelectual+dos+indignados+.shtml">operamundi</a></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirXnmyB0RuwC65TIQcHU1hpcqqEnspxa3opUHfTNSNIyp2NepJmjATzu8Np_mCvQRuOT-RXjoKDC3ULHwnhyphenhyphena29Hyrx41BQbc_pFjcEO7Kc0lwWvId8UDzfWYxl7v9xo6AA7q6cAfh-0uL/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="329" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirXnmyB0RuwC65TIQcHU1hpcqqEnspxa3opUHfTNSNIyp2NepJmjATzu8Np_mCvQRuOT-RXjoKDC3ULHwnhyphenhyphena29Hyrx41BQbc_pFjcEO7Kc0lwWvId8UDzfWYxl7v9xo6AA7q6cAfh-0uL/s640/images.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">O pensador, escritor e diplomata franco-alemão Stéphane Hessel, autor do popular manifesto "Indignai-vos", morreu nesta quarta-feira (27/02) aos 95 anos, informou sua esposa Christiane Hessel-Chabry à imprensa francesa.</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">Hessel nasceu em Berlim, em 1917, numa família de descendência judaica e se naturalizou francês 20 anos depois, indo para a França durante a Segunda Guerra Mundial. O pensador se uniu a Charles de Gaulle na Resistência Francesa, foi capturado pela Gestapo (polícia secreta nazista) em 1944, passou pelos campos de concentração de Buchenwald e Dora-Mittelbau, escapou com identidade trocada, foi recapturado e conseguiu fugir na transferência para o campo de Bergen-Belsen.</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">Após o final do conflito, iniciou sua carreira diplomática no Ministério de Relações Exteriores francês como embaixador na China e depois como secretário da comissão, onde redigiria a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. Hessel era militante do Partido Socialista desde 1986 pela proximidade com François Mitterand, presidente francês entre 1981 e 1995. Ele também mostrou cumplicidade com José Luis Zapatero, ex-primeiro-ministro espanhol do PSOE (Partido dos Trabalhadores Socialistas da Espanha).</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">Mas sua fama mundial chegou pelas mãos do "Indignai-vos", um manifesto político publicado na França em outubro de 2010, e que em palavras do autor "conclama os jovens a se indignar". Em apenas 32 páginas, H</span><span style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">essel fez uma chamada à resistência da população <span style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">que inspirou movimentos de protesto no mundo todo, entre eles, os "Indignados" do movimento 15-M da Espanha</span>. “A pior das atitudes é a indiferença, é dizer ‘não posso fazer nada, estou me virando”, afirmou.</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">"Este livro transformou totalmente minha vida. Eu era um pequeno diplomata aposentado que levava uma vida tranquila e agora não posso passear por Paris sem que alguém me pare na rua para me agradecer. É maravilhoso", disse o autor há alguns meses.</span></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Publicado em outubro de 2010 por uma pequena editorial de Montpellier, no sul da França, quase sem promoção midiática e com custo de €3, o livro se transformou em um grande sucesso de vendas, com quase um milhão de exemplares vendidos em dez semanas. O livro ultrapassou fronteiras, foi traduzido para cerca de 30 idiomas e vendeu quase quatro milhões de exemplares.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
“A razão básica de ser da Resistência era a indignação. Nós, veteranos dos movimentos de resistência e das forças combatentes da França Livre, apelamos às jovens gerações para manter viva a indignação, transmitir essa herança da Resistência e dos seus ideais. Estamos dizendo: assegurem a continuidade, indignem-se! Os responsáveis políticos, econômicos, intelectuais e a sociedade toda não devem se omitir nem se deixar impressionar pela atual ditadura internacional dos mercados financeiros, que ameaça a paz e a democracia”, denuncia em suas páginas.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
“Hessel conquistou seu leitor ocidental graças a seu inegável carisma pessoas e à história de guerra. Além disso, sua mensagem se torna clara e concisa para o povo farto das promessas de políticos e cada vez mais desiludido com o liberalismo capitalista”, diz o jornal <em>Libération</em>.</div>
</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">Depois do sucesso editorial, Hessel se transformou em uma referência da esquerda, sempre sendo muito crítico com as políticas levadas a cabo no ocidente, em particular sobre imigrantes, políticas sociais e mercados financeiros. O autor, porém, renunciou aos direitos do livro desde o início.</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">"Acredito que há um risco, que é o de que as pessoas se indignem, protestem e depois tudo continue na mesma. É preciso que a indignação dê lugar a um comprometimento conjunto", disse em entrevista ao </span><em style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">Público </em><span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">em 2011.</span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">Depois de “Indignai-vos”, escreveu outro livro que também teve êxito, “À nous de jouer” (algo como “Nossa oportunidade” e traduzido na Espanha para “Comprometa-se!”). Publicado no fim de 2011, o livro é uma conversa com um jornalista e ativista francês de 25 anos, Gilles Vaderpooten. Ali, Hessel traça em oito aspectos seu conceito de democracia, compromisso, rebeldia e de insurgência sempre com palavras. A promoção do livro o levou à Itália, onde precisou ser repatriado por alguns dias por um problema de saúde que custou sua vida.</span></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">
</span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-10142800519806857362013-02-15T14:43:00.003-02:002013-02-15T14:45:42.469-02:00Brasil é 11º no ranking de impunidade a crimes contra jornalistas<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Relatório anual “Ataques à
Imprensa”, divulgado pelo <a href="http://www.cpj.org/pt/2013/02/ataque-a-imprensa-em-2012-brasil.php">CPJ</a>, revela que em 2012 quatro jornalistas foram
mortos no país como represália direta por suas reportagens. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os 24 homicídios de jornalistas
relacionados ao exercício profissional nas últimas duas décadas coloca o Brasil
em terceiro lugar entre os países mais letais para a imprensa nas Américas,
logo depois da Colômbia e do México, e em décimo primeiro no mundo. Além disso,
o documento alerta para o elevado número de processos movidos contra
jornalistas brasileiros. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ainda segundo a pesquisa, o número
de jornalistas presos pelo exercício da profissão em todo o mundo chegou a 232
no ano passado, ou seja, 53 a mais que em 2011 e recorde desde que o Comitê
para Proteção de Jornalistas, organização com sede em Nova York, começou a
calcular essa estatística, em 1990. As prisões, de acordo com o comitê, foram
impulsionadas principalmente por acusações de “terrorismo e outras ações
anti-Estado, adotadas contra repórteres e editores críticos aos governos”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os dados mostram que 70
jornalistas foram mortos em todo o mundo em 2012, alta de 43% em relação aos números
de 2011. A maioria das mortes ocorreu na Síria (28), país que vive uma guerra
civil desde março de 2011. </span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYQUro372aFbyvgA8yEQvBRViKtqgyEjrxzy3kxF-jRHZ-fKc3narOhjC55CLsUMQPSG0fPKtvU9FyEDcUXsEyhh9gF7-6CSPHmWjrErOuIOk_ZM6s-YIopdBIog_ltCflZMiKu_hYc57r/s1600/CPJ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYQUro372aFbyvgA8yEQvBRViKtqgyEjrxzy3kxF-jRHZ-fKc3narOhjC55CLsUMQPSG0fPKtvU9FyEDcUXsEyhh9gF7-6CSPHmWjrErOuIOk_ZM6s-YIopdBIog_ltCflZMiKu_hYc57r/s1600/CPJ.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Fonte: <a href="http://www.cpj.org/pt/2013/02/ataque-a-imprensa-em-2012-brasil.php">CPJ</a></span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-50258694215071032752013-02-15T13:50:00.000-02:002013-02-15T13:50:48.088-02:00Emergências<br />
<div class="kicker blue" style="color: navy; font-weight: bold; text-align: justify; text-transform: uppercase;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">MARINA SILVA</span></div>
<div class="title" style="color: #1f1f1f; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Emergências</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há uma perplexidade na civilização. É uma grande pergunta coletiva: afinal, o que está acontecendo? Depois de milênios de acúmulo de riquezas e experiências, a humanidade parece ter chegado ao máximo, ou seja, ao limite. Zygmunt Bauman sintetizou o paradoxo ao observar que acreditamos com a mesma força em </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">duas ideias contraditórias: que temos toda a liberdade possível, mas, ao mesmo tempo, somos impotentes para fazer mudar as estruturas do mundo.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">De fato, parece incrível que em poucas horas se possa juntar 1 milhão de assinaturas em favor de uma causa e, ainda mais incrível, que não haja qualquer efeito. Surpreende a facilidade com que índios e outras comunidades surgem na mídia, pintados em protesto, apoiados por uma opinião pública solidária e comovida, e a facilidade maior ainda com que os tratores passam sobre suas terras, rios e florestas. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O paradoxo da civilização nos leva à ausência de sentido.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A crise econômica só perde em abrangência e gravidade para a crise ambiental: todos (ricos e pobres) são ameaçados pelas secas, enchentes e furacões. Nada mais revelador que as fotos de pessoas usando máscaras contra a fumaça numa das cidades mais prósperas e poderosas da China.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nada, porém, se compara à estagnação do sistema político, uma repetição neurótica da mesmice, um misto de propaganda enganosa e escândalos de corrupção (que já não escandalizam). O poder pelo poder domina tudo, o dinheiro pelo dinheiro avassala a todos. Esse é o centro da realidade, e tudo o mais é borda, periferia.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas é justamente aí que o paradoxo se dissolve, sem se resolver. Em todo o mundo, milhões de pessoas se afastam do centro estagnado e criam novas superfícies para nelas inscrever e dar suporte aos novos ideais identificatórios que possibilitam novos processos e novas estruturas nesse tempo de emergência (nos dois sentidos da palavra).</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nos movimentos de novo tipo no Egito, na Espanha, no Chile e no Canadá, nas percepções virais da internet, nas mobilizações sem líderes nem organizadores, nas mudanças que surpreendem o mundo, a mesma característica: as bordas descolam-se do que era antes o centro da realidade, abandonam a estagnação, movem-se para criar um mundo multicêntrico e diverso.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não é uma ruptura, mas uma mutação que preserva conquistas anteriores. A linguagem usual é insuficiente para explicar, pois a mutação ocorreu também nos processos cognitivos. A boa notícia é que os novos movimentos, em que cada um é autor e protagonista de sua fala e ação, já começam a reunir um número de pessoas dispostas a mudar o mundo. Não é rápido nem indolor, mas já está acontecendo e esse é o momento em que a perplexidade pode dar lugar a uma nova esperança.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">------------------------------------------------------------------------------------------------------------</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<b style="background-color: #fafafa; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">Análise de Marina Silva, publicada pelo jornal <a href="http://www.folha.uol.com.br/" style="-webkit-transition: color 0.3s; color: #009eb8; display: inline; font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; outline: none; text-decoration: initial;">Folha de São Paulo</a>, em 15 de fevereiro de 2013, Opinião (A2)</b></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-71924087651116718722013-02-01T13:36:00.000-02:002013-02-01T13:36:10.208-02:00PMDB <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaiKENtgyTyZ_dvSdL_QiA3Zn1qlEoREuBFd4mbEw7osomod1BtdRPE3Gox22zItN0cwuYZiSiBg-ms-IeW49-U7qJhwiQ31QVNKmYbEsfEmTXzTMZ4FEOSSbyRnF4kP9mbGMhrMErO8aq/s1600/PMDB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaiKENtgyTyZ_dvSdL_QiA3Zn1qlEoREuBFd4mbEw7osomod1BtdRPE3Gox22zItN0cwuYZiSiBg-ms-IeW49-U7qJhwiQ31QVNKmYbEsfEmTXzTMZ4FEOSSbyRnF4kP9mbGMhrMErO8aq/s640/PMDB.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="color: #1f1f1f; font-weight: bold;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">PMDB é tarefeiro no Congresso e virou 'item de série' de qualquer governo</span></span><br />
<span style="color: #1f1f1f; font-weight: bold;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="color: #1f1f1f; font-weight: bold;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span class="creditart" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">FERNANDO RODRIGUES</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;">DE BRASÍLIA</span><span class="origin" style="color: #999999; display: block; font-family: arial, verdana, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin: 0px;"><br /></span><br />
<br />
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É comum ouvir ou ler que o PMDB é um partido fisiológico. Só se interessa por cargos. Sua ideologia é inexistente ou indefinível. O partido seria também uma massa amorfa e inorgânica de aglomerados políticos com interesses paroquiais, sem pretensão real de chegar ao Planalto.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Essa análise está correta, mas é também uma descrição genérica perfeita para quase todos os partidos brasileiros. O que diferencia o PMDB dos demais? Simples. O partido sabe exatamente o que é, o que quer e trata de cumprir muito bem o seu papel: servir ao governo no Congresso.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quem ocupou uma vez essa função com destreza foi o PFL (hoje Democratas), a costela desprendida da antiga Arena. Mas os pefelistas esnobaram o lado esquerdo do espectro político. Com o PT no poder, definharam.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O PMDB é mais despudorado. Abraça e beija na boca quem estiver no governo. De direita, de centro ou de esquerda. É por essa razão que a sigla está prestes a ter o controle institucional da Câmara e do Senado. Em Brasília, há uma anedota antiga: ninguém sabe quem será o próximo presidente, mas todos têm certeza de que o PMDB vai apoiar o vencedor.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No passado, o PMDB já comandou o Congresso inteiro. Mas havia uma diferença. A cúpula ainda aspirava a ascender ao Planalto. Hoje, os peemedebistas que mandam se resignaram a uma posição periférica no poder central. São tarefeiros e pronto.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Essa encarnação 100% congressual do PMDB se cristalizou em 1995, início da era FHC. O partido passou apenas a servir ao poder dentro do Congresso. Faz pressão e chantagem. Mas entrega a mercadoria. Ajudou a sepultar CPIs nos governos FHC, Lula e Dilma -a mais recente foi a CPI do Cachoeira.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há também uma inaudita "pax peemedebista". Em outras épocas, facções se entregavam a uma autofagia incontida por cargos. Agora, esses grupelhos se fragilizaram e não fazem tanto barulho.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se o governo federal fosse um carro, o PMDB seria um item de série indispensável. É nessa onda que surfam os possíveis futuros presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Alves.</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">------------------------------------------------------------------------------------------------------------</span></div>
<div style="color: #1f1f1f; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Análise publicada pelo jornal <a href="http://www.folha.uol.com.br/">Folha de São Paulo</a>, em 1º de fevereiro de 2013, Poder (A4)</b></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-79264286143294212922013-01-30T14:24:00.000-02:002013-01-30T14:34:01.980-02:00A democracia ante o abismo<br />
<div class="onfooter" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="color: red;">Artigo do sociólogo
português<b> BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS</b></span></span><span style="font-family: "Trebuchet MS";"><span style="background-color: white; color: red;">, publicado no Jornal <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/91256-a-democracia-ante-o-abismo.shtml">Folha de São Paulo</a>, Opinião A3, 30 de janeiro
de 2013.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="onfooter" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><span style="background-color: white; color: red;"><br /></span></span></div>
<div class="onfooter" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><span style="background-color: white; color: red;"><br /></span></span></div>
<div class="onfooter" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="kickerblue" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS"; text-transform: uppercase;"><span style="font-size: large;">BOAVENTURA DE SOUSA
SANTOS<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="title" style="line-height: 150%; margin: 7.5pt 0cm 11.25pt; text-align: start;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS";"><span style="font-size: large;">A democracia ante
o abismo</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: solid #666666 1.5pt; border-left: none; border-right: none; border-top: solid #666666 1.5pt; mso-element: para-border-div; padding: 5.0pt 0cm 5.0pt 0cm;">
<div class="eye" style="border: none; line-height: 150%; padding: 0cm; text-align: start;">
<b><i><span style="font-family: "Trebuchet MS";">Se o Estado do Bem-Estar
Social se desmantelar, Portugal ficará politicamente democrático, mas
socialmente fascista<o:p></o:p></span></i></b></div>
</div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixkgMaYWJ1o11F7pI4lCncIORLGOt4iM_OphiQeknfVsnhMjoRPYzn0s_2uGLdrZWnSC-QdL4t7fukP784lnLtQOQCCS53mg2e8N8rsdIlbV4WJYJYMK8DS5SICDM9LnmbmFl1Mx58gUTv/s1600/edemocracy2%5B1%5D.PNG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="335" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixkgMaYWJ1o11F7pI4lCncIORLGOt4iM_OphiQeknfVsnhMjoRPYzn0s_2uGLdrZWnSC-QdL4t7fukP784lnLtQOQCCS53mg2e8N8rsdIlbV4WJYJYMK8DS5SICDM9LnmbmFl1Mx58gUTv/s400/edemocracy2%5B1%5D.PNG" width="400" /></a></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">No contexto de crise
em Portugal, o combate contra o fascismo social de que se fala neste texto
exige um novo entendimento entre as forças democráticas. A situação não é a
mesma que justificou as frentes antifascistas na Europa dos anos 1930, que
permitiram alianças no seio de um vasto espectro político, incluindo comunistas
e democratas cristãos, mas tem com esta algumas semelhanças perturbadoras.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Esperar sem
esperança é a pior maldição que pode cair sobre um povo. A esperança não se
inventa, constrói-se com alternativas à situação presente, a partir de
diagnósticos que habilitem os agentes sociais e políticos a ser convincentes no
seu inconformismo e realistas nas alternativas que propõem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Se o desmantelamento
do Estado do Bem-Estar Social e certas privatizações (a da água) ocorrerem,
estaremos a entrar numa sociedade politicamente democrática, mas socialmente
fascista, na medida em que as classes sociais mais vulneráveis verão as suas expectativas
de vida dependerem da benevolência e, portanto, do direito de veto de grupos
sociais minoritários, mas poderosos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">O fascismo que
emerge não é político, é social e coexiste com uma democracia de baixíssima
intensidade. A direita que está no poder não é homogênea, mas nela domina a
facção para quem a democracia, longe de ser um valor inestimável, é um custo
econômico e o fascismo social é um estado normal.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">A construção de
alternativas assenta em duas distinções: entre a direita da
democracia-como-custo e a direita da democracia-como-valor; e entre esta última
e as esquerdas (no espectro político atual, não há uma esquerda para quem a
democracia seja um custo). As alternativas democráticas hão de surgir desta
última distinção.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Os democratas
portugueses, de esquerda e de direita, terão de ter presente tanto o que os une
como o que os divide. O que os une é a ideia de que a democracia não se
sustenta sem as condições que a tornem credível ante a maioria da população.
Tal credibilidade assenta na representatividade efetiva de quem representa, no
desempenho de quem governa, no mínimo de ética política e de equidade para que
o cidadão não o seja apenas quando vota, mas, também, quando trabalha, quando
adoece, quando vai à escola, quando se diverte e cultiva, quando envelhece.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Esse menor
denominador comum é hoje mais importante do que nunca, mas, ao contrário do que
pode parecer, as divergências que a partir dele existem são igualmente mais
importantes do que nunca. São elas que vão dominar a vida política nas próximas
décadas.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Primeiro, para a
esquerda, a democracia representativa de raiz liberal é hoje incapaz de
garantir, por si, as condições da sua sustentabilidade. O poder econômico e
financeiro está de tal modo concentrado e globalizado, que o seu músculo
consegue sequestrar com facilidade os representantes e os governantes (por que
há dinheiro para resgatar bancos e não há dinheiro para resgatar famílias?).
Daí a necessidade de complementar a democracia representativa com a democracia
participativa (orçamentos participativos, conselhos de cidadãos).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Segundo, crescimento
só é desenvolvimento quando for ecologicamente sustentável e quando contribuir
para democratizar as relações sociais em todos os domínios da vida coletiva (na
empresa, na rua, na escola, no campo, na família, no acesso ao direito).
Democracia é todo o processo de transformação de relações de poder desigual em
relações da autoridade partilhada. O socialismo é a democracia sem fim.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Terceiro, só o
Estado do Bem-Estar Social forte torna possível a sociedade do bem-estar forte
(pais reformados com pensões cortadas deixam de poder ajudar os filhos
desempregados, tal como filhos desempregados deixam de poder ajudar os pais
idosos ou doentes). A filantropia e a caridade são politicamente reacionárias
quando, em vez de complementar os direitos sociais, se substituem a eles.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: start;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Quarto, a
diversidade cultural, sexual, racial e religiosa deve ser celebrada e não
apenas tolerada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="border-bottom: solid #CCCCCC 1.0pt; border: none; margin-left: -945.65pt; margin-right: 0cm; mso-border-bottom-alt: solid #CCCCCC .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;">
<div class="divisor" style="border: none; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 945.65pt; padding: 0cm; text-align: start; text-indent: -945.65pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">-<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="onfooter" style="line-height: 150%; text-align: start;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS";">BOAVENTURA DE
SOUSA SANTOS</span></b><span style="font-family: "Trebuchet MS";">, sociólogo português,
é diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal)<o:p></o:p></span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-76940596133612740312012-11-30T13:37:00.003-02:002012-11-30T13:42:28.233-02:00IMAGENS DE 2012 - AFP<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Algumas das imagens que marcaram o ano de 2012, segundo a AFP. Confira todas as 99 imagens <a href="http://photos.denverpost.com/2012/11/27/photos-best-pictures-of-the-year-from-agence-france-presse/#1">aqui</a>.
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1PTemVjL8zMwZhSPwkGsBXz-V5Maut_hw4oHsdAwA3p33D9zlBTOAGyVvIgbd-d1pHr4op-vfJNVbinfJMrRMAeGlKuYRnqBHliAso0h3-ZFn_qStxRoxVKNII-ppNk-cp9JgcJCwhNR/s1600/AFP-Pictures-Of-The-Year-2012-24-640x395.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1PTemVjL8zMwZhSPwkGsBXz-V5Maut_hw4oHsdAwA3p33D9zlBTOAGyVvIgbd-d1pHr4op-vfJNVbinfJMrRMAeGlKuYRnqBHliAso0h3-ZFn_qStxRoxVKNII-ppNk-cp9JgcJCwhNR/s640/AFP-Pictures-Of-The-Year-2012-24-640x395.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><b>Autoimolação: Jamphel Yeshi, um tibetano de 27 anos que protestava</b></span><span style="background-color: white; line-height: 19px; text-align: start;"><b> contra a ocupação chinesa do Tibete</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><b><span style="background-color: white; line-height: 19px; text-align: start;"><br /></span></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwYox7W4Fxg13GPEazLyxC7oCi7SQCB5u2-ImuIA7A5O3C8ZZbqS0uyMWZqeVdSKIJfDdUrHRMBMPI-k2Vxu4Nnjf0HcZHER6oAkb2Gis4ukKUNFIP40K_SgLkISnnU8U-fZ1Zm6i8QCxH/s1600/afp01-640x420.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwYox7W4Fxg13GPEazLyxC7oCi7SQCB5u2-ImuIA7A5O3C8ZZbqS0uyMWZqeVdSKIJfDdUrHRMBMPI-k2Vxu4Nnjf0HcZHER6oAkb2Gis4ukKUNFIP40K_SgLkISnnU8U-fZ1Zm6i8QCxH/s640/afp01-640x420.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS';">Egípcios
protestam carregando um obelisco com todos os nomes dos mortos da rebelião de
2011</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS';"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyPgZwxGaLX1Ii-6W-JlEja8mNrid-SRzakzU3ryxArqVvROfJ0z-CXqvlh8KvGgyfHaU6LR8AYp1UbmSbReeUHrIrNUmXIwFsYe-dmmN5qfV89iZSD2KKImx2GXZtUpVOPybE8acjL1IT/s1600/i-LRXkRcS-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyPgZwxGaLX1Ii-6W-JlEja8mNrid-SRzakzU3ryxArqVvROfJ0z-CXqvlh8KvGgyfHaU6LR8AYp1UbmSbReeUHrIrNUmXIwFsYe-dmmN5qfV89iZSD2KKImx2GXZtUpVOPybE8acjL1IT/s640/i-LRXkRcS-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS';">Manifestantes gregos em confronto com a polícia</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Trebuchet MS'; font-size: 10pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ4RjozVDEXo95hWO_pIDYB7m_UYBBQF7ynSAUZGgpy7RlORzb6_dV5pmFgAOvQvHwkoiMfPRW1W-34sl465P8EUzx72NEu6rkYSp7RqcjTAUHangRiPmputg49oPHq5Vl742wV4Dz_jaK/s1600/i-PHZd8Qr-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="436" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ4RjozVDEXo95hWO_pIDYB7m_UYBBQF7ynSAUZGgpy7RlORzb6_dV5pmFgAOvQvHwkoiMfPRW1W-34sl465P8EUzx72NEu6rkYSp7RqcjTAUHangRiPmputg49oPHq5Vl742wV4Dz_jaK/s640/i-PHZd8Qr-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um homem
com uma máscara de Guy Fawkes participa de um protesto contra as medidas de
austeridade do governo espanhol </span><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial; font-size: 10pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOdW2ZbfDCwIlWhBEuQCa2lTpMHe1s1cUPiw7tZTIG_Y8JweAjLLMJQHI2rL1gbym0BVLhbUAUUloeXh5U7HJKoEFtmBhOmRtFSwsoq3x_KUcv7SQqY6BJRWe6IbXXaNYkFdZDRJoGWVi6/s1600/i-tmMhNFR-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOdW2ZbfDCwIlWhBEuQCa2lTpMHe1s1cUPiw7tZTIG_Y8JweAjLLMJQHI2rL1gbym0BVLhbUAUUloeXh5U7HJKoEFtmBhOmRtFSwsoq3x_KUcv7SQqY6BJRWe6IbXXaNYkFdZDRJoGWVi6/s640/i-tmMhNFR-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Palestinos
se reúnem em torno de uma cratera causada por um ataque aéreo israelense contra
a casa da família al-Dallu na Cidade de Gaza</span><span style="font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></span></b></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ASvfZ_5q71jrj49mCNfO7OxxPtkGwApybBGvuTqxtxRNEOw7gZm43YjHNpnwlDJIVucS6FfYsKQiqANmXea_YHexurZlRoQrsY6cm7SslJkW9WRNPaIR6_vJJBs6Tzl2XUY_Lvumh6vr/s1600/AFP-Pictures-Of-The-Year-2012-23-640x425.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ASvfZ_5q71jrj49mCNfO7OxxPtkGwApybBGvuTqxtxRNEOw7gZm43YjHNpnwlDJIVucS6FfYsKQiqANmXea_YHexurZlRoQrsY6cm7SslJkW9WRNPaIR6_vJJBs6Tzl2XUY_Lvumh6vr/s640/AFP-Pictures-Of-The-Year-2012-23-640x425.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; line-height: 19px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Milhares de congoleses fogem na cidade de Sake, ante o avanço dos rebeldes do M23</b></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; line-height: 19px; text-align: left;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLdXiRtEEwCVUMVF3KdzlRLwYTpQbJawmMDlqTZFra_Wuw-x8-dmIGxwu-68H-OZ2ydLpVKA6QLg832SKlkKjuAniDLCgPwMW58VnT1Myo_mAlVN9tlsxkNeMT_aOmmVVMg2-4Sspt0lVq/s1600/i-3wx64Tb-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLdXiRtEEwCVUMVF3KdzlRLwYTpQbJawmMDlqTZFra_Wuw-x8-dmIGxwu-68H-OZ2ydLpVKA6QLg832SKlkKjuAniDLCgPwMW58VnT1Myo_mAlVN9tlsxkNeMT_aOmmVVMg2-4Sspt0lVq/s640/i-3wx64Tb-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Praça da Bastilha, após resultado da eleição de
François Hollande</span></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background-color: white; font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijkhVsBdRiP-ncppkarRt4t9lmfadr_YgfDLXb4dgd7oAM6y2fgxN1cPs8qjE7vioT0f0yeWFqon4m6dEwYV0n-BNt0-_8uIwpv6_M-7QXuclP5-CyQZXxCZkJTtEHoumX-jEd00SUPsAn/s1600/i-crsVwND-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijkhVsBdRiP-ncppkarRt4t9lmfadr_YgfDLXb4dgd7oAM6y2fgxN1cPs8qjE7vioT0f0yeWFqon4m6dEwYV0n-BNt0-_8uIwpv6_M-7QXuclP5-CyQZXxCZkJTtEHoumX-jEd00SUPsAn/s640/i-crsVwND-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">M</span></span><span style="background-color: white; font-family: Arial;">ulheres se beijam na frente de pessoas que
participavam de uma manifestação convocada pela "Alliance VITA", associação contra o casamento gay e adoção por casais do mesmo sexo, em Marseille</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial; font-size: 10pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxV-jkhltlEkiGNHVA3hMViLpuoo1XOU7oiPoJqknRtYFAf8HiqKvnkN_4ijitT4aJFx6RepeXN85ApU9U5MSjl9u1QisnTF_wQQmu_i_T4qyZduVgtt9baZIPlI6_EBzKt0ZtWfC0tIin/s1600/i-2FTDtMq-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxV-jkhltlEkiGNHVA3hMViLpuoo1XOU7oiPoJqknRtYFAf8HiqKvnkN_4ijitT4aJFx6RepeXN85ApU9U5MSjl9u1QisnTF_wQQmu_i_T4qyZduVgtt9baZIPlI6_EBzKt0ZtWfC0tIin/s640/i-2FTDtMq-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white; font-family: Arial;">Crack: Política de higienização no Rio</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial; font-size: 10pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjd2mtTcwAPn4PukK3ggzfrdvWqmR7B781yeKxYcWfseDMFxu8tbCfpFDtIcRDT1VZwrp3yYWy6_NQsilDO0CvMeGv95Ml-pP1lb3CCnjjFtAkw4j7B4dIoB03UWHGPX32wfenMSvrOH10/s1600/i-G8dR9dB-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjd2mtTcwAPn4PukK3ggzfrdvWqmR7B781yeKxYcWfseDMFxu8tbCfpFDtIcRDT1VZwrp3yYWy6_NQsilDO0CvMeGv95Ml-pP1lb3CCnjjFtAkw4j7B4dIoB03UWHGPX32wfenMSvrOH10/s640/i-G8dR9dB-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white; font-family: Arial;">21 anos de prisão: Assassino confesso de 77 pessoas em Oslo, ergue o
punho em uma saudação de extrema-direita na sala de chegada do tribunal</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial; font-size: 10pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFvcqqXsKbq2KzO3KhDCYCEFRfE48iATLdxeiHjp5oAPdy8kfddQWQ7u_Zq8q-2rjAtDIUmYOIWgVoyLBLp3xQbueHlPc6qT5sj5tGdzHAB1kKeNJ_iqIL6pLHyG-_kgaZ5eKYQ-J6o-VQ/s1600/i-FV64fB3-L.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFvcqqXsKbq2KzO3KhDCYCEFRfE48iATLdxeiHjp5oAPdy8kfddQWQ7u_Zq8q-2rjAtDIUmYOIWgVoyLBLp3xQbueHlPc6qT5sj5tGdzHAB1kKeNJ_iqIL6pLHyG-_kgaZ5eKYQ-J6o-VQ/s640/i-FV64fB3-L.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: white; font-family: Arial;">A queda: Mubarak e sua gaiola durante julgamento no Tribunal Penal do Cairo</span></b></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-64385994528756754042012-11-23T15:48:00.000-02:002012-11-29T17:23:08.770-02:00IMAGENS DO DIA<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: xx-small;">China Daily/</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: xx-small;">Reuters</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwJUPGNx4iCIPSOCz8hPMsGzVGqFceZ1Z7dAwmAFmFAsG6GnlthXKrSSlTM1ND1injMmCMJO5ZVlQPysFF5WX1nV_qDUVH1sJHaeY2DPoEqYcQbaV11O_OnwHeVIlFxrZGAIBHqM5bu8GJ/s1600/predio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="412" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwJUPGNx4iCIPSOCz8hPMsGzVGqFceZ1Z7dAwmAFmFAsG6GnlthXKrSSlTM1ND1injMmCMJO5ZVlQPysFF5WX1nV_qDUVH1sJHaeY2DPoEqYcQbaV11O_OnwHeVIlFxrZGAIBHqM5bu8GJ/s640/predio.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Estrada construída em torno de um prédio de apartamentos em
Wenling, na Cinha, depois que um casal de idosos, que mora no local, se recusou
a deixá-lo. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Enquanto isso, </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Prefeitura de Santana do Parnaíba (SP) asfalta estrada e
deixa 31 postes. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: xx-small;">Vinícius Pereira/Folhapress</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj18ClTtQXSnLLOpKlAEtFaYC4PMZlR89MWE4Un_kvc9brzjKZ2MVng6MNNwNCuTPrOwfCag8g92TA27_NcdHNpO37XJxxA9fsgHwPlvrLr8Iq0O7a7tExvkUtB5OtyNmGpy4IfZI0IlEfh/s1600/postes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj18ClTtQXSnLLOpKlAEtFaYC4PMZlR89MWE4Un_kvc9brzjKZ2MVng6MNNwNCuTPrOwfCag8g92TA27_NcdHNpO37XJxxA9fsgHwPlvrLr8Iq0O7a7tExvkUtB5OtyNmGpy4IfZI0IlEfh/s640/postes.jpg" width="640" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-20650511698472059562012-11-13T13:43:00.001-02:002012-11-13T13:48:59.692-02:00Marco Civil da internet - INFOGRÁFICO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXMah5rpDVjyZ90M29sepBW0LaTAzoS9l0scl1ELzYgpWcXOZjX-1HK2SGlNW5ev5m8KmXx5XGE7Ho_wdkIeXBRPGAaBU5HHhC5925eX9qkor-et3xAp-qmYCJHw9V6cSDTyKJBIUIAomL/s1600/marco+civil+da+internet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="636" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXMah5rpDVjyZ90M29sepBW0LaTAzoS9l0scl1ELzYgpWcXOZjX-1HK2SGlNW5ev5m8KmXx5XGE7Ho_wdkIeXBRPGAaBU5HHhC5925eX9qkor-et3xAp-qmYCJHw9V6cSDTyKJBIUIAomL/s640/marco+civil+da+internet.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Fonte: Folha de São Paulo</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Após longa discussão, uma série de polêmicas adiou para hoje, na Câmara, a votação do Marco Civil da internet, espécie de "constituição" da rede, que deveria ter sido votada na semana passada. Redigido na rede</span><span style="line-height: 18px;"> de forma colaborativa em 2009, junto ao Ministério da Justiça, o projeto foi à Câmara em 2011. Se aprovado, vai ao Senado.</span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-70977189931091662902012-11-12T14:50:00.002-02:002012-11-12T14:50:30.017-02:00Mafalda e a democracia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoJZUojGJnUC2Cu7Cxv4engYnLx2w5818oFYm0QmhEhMCRv1K8dkUzpMKXz9fXraNOWqfi0YzVAXCLKxoyF-Ihl8QhVjPpP_F-T4Dkpr_-mrLiQZbDNHFKL3dsehxtfyUH9temhRwtJkf/s1600/mafalda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoJZUojGJnUC2Cu7Cxv4engYnLx2w5818oFYm0QmhEhMCRv1K8dkUzpMKXz9fXraNOWqfi0YzVAXCLKxoyF-Ihl8QhVjPpP_F-T4Dkpr_-mrLiQZbDNHFKL3dsehxtfyUH9temhRwtJkf/s640/mafalda.jpg" width="530" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-14407892008663722422012-11-12T13:23:00.000-02:002012-11-12T13:23:48.795-02:00IMAGEM DO DIA<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Luigi Costantini /AP</span></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipHkVQqjVn6oCdVJFqSak3VFnTyxgx7gf5tWzq8OhfYJr1R0uYcssm0U2d_sLIoov-PTJ5H1PtfLlGPc0PldpDsxorlEHqxYBiVJUsFwAhghoS0GDXyM5ZkqOaFbYULrlK-zJZVpu0VJzV/s1600/veneza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipHkVQqjVn6oCdVJFqSak3VFnTyxgx7gf5tWzq8OhfYJr1R0uYcssm0U2d_sLIoov-PTJ5H1PtfLlGPc0PldpDsxorlEHqxYBiVJUsFwAhghoS0GDXyM5ZkqOaFbYULrlK-zJZVpu0VJzV/s640/veneza.jpg" width="474" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vista da Praça de São Marcos (Veneza) atingida por fortes chuvas. A imagem é de Luigi Costantini para<a href="http://www.ap.org/"> Associated Press</a>. </span></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-16934959374435585262012-11-08T13:53:00.000-02:002012-11-08T13:53:20.392-02:00IMAGEM DO DIA<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Dmitri Messinis/AP</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg36XtFseDRV0M6tpd31D4f-i9jmxRNNqPeq697is_dEoYsgWsr-u4JdLTmmOodzC7t_Qif9okn354CajpHHkIXaKSehzLp7gijgwoeXfqnQY1fBGBdGXGIl8GJdFul3rMpmilJ_IGZD0Ja/s1600/grecia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg36XtFseDRV0M6tpd31D4f-i9jmxRNNqPeq697is_dEoYsgWsr-u4JdLTmmOodzC7t_Qif9okn354CajpHHkIXaKSehzLp7gijgwoeXfqnQY1fBGBdGXGIl8GJdFul3rMpmilJ_IGZD0Ja/s640/grecia.jpg" width="456" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Policial é atingido por coquetel molotov durante manifestação em frente ao parlamento grego. A imagem é de <a href="http://www.tumblr.com/tagged/dimitri-messinis">Dmitri Messinis</a> para <a href="http://www.ap.org/">Associated Press</a>. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-30525937893523407202012-11-05T16:22:00.000-02:002012-11-05T16:30:06.408-02:00Eleições Municipais 2012 e Mídias Sociais<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Criado pela <a href="http://www.ag2.com.br/">AG2</a>, o infográfico abaixo reúne a análise da
repercussão das eleições municipais de 2012 nas mídias sociais. O monitoramento
foi realizado durante o fim de semana do primeiro turno, entre 5 e 7 de
outubro, e do segundo turno, entre 26 e 28 de outubro. (via <a href="http://www.brainstorm9.com.br/32505/social-media/eleicoes-2012-nas-midias-sociais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+brainstorm9+%28Brainstorm9%29">brainstorm9</a>)</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 24px;">Clique sobre as imagens para ampliá-las</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRfR0pWyeNlnJ0mPn7WjiRgkP3_jmHmbQUDHFro5NE1LIv6HJ76aDVeP2qz6EZzGp10_qQj1MXZYa7QwB8slerq-DZizJrFIEj2dGmH5I4QJ7-zkOeEactohDQIVzXL6PUzhaycrx0hFKi/s1600/info1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRfR0pWyeNlnJ0mPn7WjiRgkP3_jmHmbQUDHFro5NE1LIv6HJ76aDVeP2qz6EZzGp10_qQj1MXZYa7QwB8slerq-DZizJrFIEj2dGmH5I4QJ7-zkOeEactohDQIVzXL6PUzhaycrx0hFKi/s1600/info1.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5toRFXWyeUtiw4sDcUjKyKgiT-K4k7rJANJ_d2ilNIBx4RD21Mog3AOzmzZo33CIort0WLlsz7CrWyxwqfXaMInI84G4-ow_mLrhR72cleDlpM4An44OVW2oO3H0zE5wtOBWGjGNCek0Y/s1600/info2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5toRFXWyeUtiw4sDcUjKyKgiT-K4k7rJANJ_d2ilNIBx4RD21Mog3AOzmzZo33CIort0WLlsz7CrWyxwqfXaMInI84G4-ow_mLrhR72cleDlpM4An44OVW2oO3H0zE5wtOBWGjGNCek0Y/s640/info2.jpg" width="435" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXCTo5SElxmN2LWQTnxW78UpkNktxGX7dZupNbPi4bkgbxIKvRB1NzVYR40VmqyCsp8wNSg4i_mYFASP4je89J49jv50h8Xlu9cpyls-MEglwoOJ75V8rzcuZ_K3HRVtyrWQ-8mmVKzJFm/s1600/info3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="490" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXCTo5SElxmN2LWQTnxW78UpkNktxGX7dZupNbPi4bkgbxIKvRB1NzVYR40VmqyCsp8wNSg4i_mYFASP4je89J49jv50h8Xlu9cpyls-MEglwoOJ75V8rzcuZ_K3HRVtyrWQ-8mmVKzJFm/s640/info3.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7lDkV53Mh5uV4v6L4Lh2lnY1cVdHWS5BD8JMj5C64R4gTXpgrnrTfVVPjCqGw4DzBn0KmVzSMXoHP3DYl-zyq3rSwJyxyuASy1OGD_sfTeC6LHPlDPXC-K6Ep4Zp5FhAE_OXzbHnfr9sR/s1600/info4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="406" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7lDkV53Mh5uV4v6L4Lh2lnY1cVdHWS5BD8JMj5C64R4gTXpgrnrTfVVPjCqGw4DzBn0KmVzSMXoHP3DYl-zyq3rSwJyxyuASy1OGD_sfTeC6LHPlDPXC-K6Ep4Zp5FhAE_OXzbHnfr9sR/s640/info4.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsAn1IJE2ebZbP4jkKK2ImMC71ze5XKinLQGBzHXhaG3HBTUjr74rW1D-BBBzC1ZjoooXJAnz9hzJXC7sCwjQRpkaRebMz_oNEPxPth_vi3hEZXrskWGVoPbTfRTM2bfss2hZRA9WogzD8/s1600/info5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="538" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsAn1IJE2ebZbP4jkKK2ImMC71ze5XKinLQGBzHXhaG3HBTUjr74rW1D-BBBzC1ZjoooXJAnz9hzJXC7sCwjQRpkaRebMz_oNEPxPth_vi3hEZXrskWGVoPbTfRTM2bfss2hZRA9WogzD8/s640/info5.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixtCXm-bBjPYu3_sjJ4GhvjbYOub6W9I53LcrmIidG2MeKiX-BCEJQpDiDX_UxDfaEcVyP3PABwJ626ofDUEEvti5AJyAxq3YHKMC1Nfc8TAoLPx_yB40JEVhxdre8FktGRp8dMrDSKZIU/s1600/info6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixtCXm-bBjPYu3_sjJ4GhvjbYOub6W9I53LcrmIidG2MeKiX-BCEJQpDiDX_UxDfaEcVyP3PABwJ626ofDUEEvti5AJyAxq3YHKMC1Nfc8TAoLPx_yB40JEVhxdre8FktGRp8dMrDSKZIU/s640/info6.jpg" width="584" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWfmFT_WPHUfaqDx9fqu01pHiwhyX5Sx-R6pUvXRWqitysdMAyxh5l0WM7neIcLRvAREpg7tSXNk9eakHo8-UNxsyGnMxBWCU1nLWb0z5GQ3q-jbmTWMOrNmtWbQPlmzmpWvmSHl2MwOi-/s1600/info7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWfmFT_WPHUfaqDx9fqu01pHiwhyX5Sx-R6pUvXRWqitysdMAyxh5l0WM7neIcLRvAREpg7tSXNk9eakHo8-UNxsyGnMxBWCU1nLWb0z5GQ3q-jbmTWMOrNmtWbQPlmzmpWvmSHl2MwOi-/s640/info7.jpg" width="562" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht8jshSMffmDvwD3BW65rQST6-rxIWXVmJOeNs8kVbCsoFphXGHbfVznyYRCLZb_Ul9Vc6OTiHzi2bwR4FMffaM9FV6vjLObDMTB9H_5WBJutS66JfbU50yDS3grwXf1Z9WQIT57o2GaLU/s1600/info8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht8jshSMffmDvwD3BW65rQST6-rxIWXVmJOeNs8kVbCsoFphXGHbfVznyYRCLZb_Ul9Vc6OTiHzi2bwR4FMffaM9FV6vjLObDMTB9H_5WBJutS66JfbU50yDS3grwXf1Z9WQIT57o2GaLU/s640/info8.jpg" width="489" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small; line-height: 24px;">Clique sobre as imagens para ampliá-las</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-89237498553969479182012-10-30T15:11:00.002-02:002012-10-30T15:11:21.630-02:00O Mundo Amanhã - Alaa Abd El-Fattah & Nabeel Rajab<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No quarto episódio da série, Julian Assange entrevista Alaa Abd El-Fattah e Nabeel Rajab, lideranças importantes da Primavera Árabe no Egito e no Bahrein. (via <a href="http://apublica.org/2012/10/wikileaks-julian-assange-mundo-amanha-primavera-arabe-egito-bahrein/">Agência Pública</a>) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/io86OVt3Tfg?rel=0" width="560"></iframe>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-30243238320204078662012-10-23T13:43:00.000-02:002012-10-23T13:45:34.144-02:00Nós, o povo da Islândia...<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Em artigo publicado no dia 23 de outubro de 2012, no jornal Folha de São Paulo, Vladimir Safatle discorre sobre a experiência islandesa e a configuração de novas perspectivas para as práticas democráticas contemporâneas. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A Islândia é uma ilha com pouco mais de 300 mil habitantes que parece
decidida a inventar a democracia do futuro. Por uma razão não totalmente clara,
esse país que fora um dos primeiros a quebrar com a crise financeira de 2008
sumiu em larga medida das páginas da imprensa mundial. Coisas estranhas, no
entanto, acontecem por lá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Primeiro, o presidente da República submeteu a plebiscito propostas de
ajuda financeira a bancos falidos. Os ex-primeiro-ministro grego George
Papandreou foi posto para fora do governo quando aventou uma ideia semelhante.
O povo islandês, todavia, não se fez de rogado e disse claramente que não
pagaria nenhuma dívida de bancos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o
primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e
condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde executivos que
quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso “stock options”
vindos diretamente das ajudas estatais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como se bastasse, a Islândia resolveu escrever uma nova Constituição.
Submetida a sufrágio universal, ela foi aprovada no último fim de semana
(20/10/2012). A Constituição não foi redigida por membros do Parlamento ou por
juristas, mas por 25 “pessoas comuns” escolhidas de maneira direta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Durante sua redação, qualquer um podia utilizar as redes sociais para
enviar sugestões de leis e questionar o projeto. Todas as discussões entre os membros
do Conselho Constitucional podiam ser acompanhadas do computador de qualquer
cidadão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O resultado é uma Constituição que estatiza todos os recursos naturais,
impede o Estado de ter documentos secretos sobre seus cidadãos e cria as bases
de uma democracia direta, onde basta o pedido de 10% da população para que uma
lei seja objeto de plebiscito. Seu Preâmbulo não poderia ser mais claro a
respeito do espírito de todo documento: “Nós, o povo da Islândia, queremos
criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas
diferentes origens são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela
herança de gerações”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em uma época na qual a Europa afunda na xenofobia e esquece o
igualitarismo como valor republicano fundamental, a Constituição islandesa soa
estranha. Esse estranho país, contudo, já não está mais em crise econômica.
Cresceu 2,1% no ano passado e deve crescer 2,7% neste ano. Eles fizeram tudo o
que Portugal, Espanha, Grécia, Itália e outros não fizeram. Ou seja, eles confiaram
na força da soberania popular e resolveram guiar seu destino com as próprias
mãos. Algo atualmente muito estranho.</span></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/lNt7zc6ouco?rel=0" width="560"></iframe></div>
<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Confira também o artigo de Mauro Santayana sobre o</span><span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> <a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5821">referendum islandês e os silêncios da mídia</a>, para <a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?alterarHomeAtual=1&home=S">Carta Maior</a>. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-2108636618764809352012-10-08T14:53:00.000-03:002012-10-08T14:53:18.492-03:00Nenhum de Nós<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKfzs2QX5h6oho1LxXa8CySjQseWFpZWWXLStHvuUCSUkhbwQGqbVUuMoCqg-ewrC1yPqE7AyI5VTqS_Qncyi9RNrOKd1EfWLD5XtHRT5xcnlAEZeF9jjzwJjjKUx04NDKKoGh0_LQZQ3w/s1600/charge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKfzs2QX5h6oho1LxXa8CySjQseWFpZWWXLStHvuUCSUkhbwQGqbVUuMoCqg-ewrC1yPqE7AyI5VTqS_Qncyi9RNrOKd1EfWLD5XtHRT5xcnlAEZeF9jjzwJjjKUx04NDKKoGh0_LQZQ3w/s640/charge.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Bem apropriado para o
momento. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-68271716633019426822012-10-03T17:35:00.000-03:002012-10-03T17:35:26.253-03:00TIC KIDS ONLINE BRASIL: pesquisa mapeia hábitos de usuários de 9 aos 16 anos na rede<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Pesquisa "TIC Kids Online Brasil", divulgada ontem pelo do Comitê Gestor da Internet (<a href="http://cgi.br/">CGI.br</a>)</span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> mostra que 68% das crianças e adolescentes têm
perfil em redes sociais. Desses, 61% têm Facebook, e 39%, Orkut. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na faixa etária abaixo de 13 anos, idade mínima exigida para
cadastro, 50% têm perfil com idade falsa. Entre as crianças
entrevistadas, 47% dizem acessar a internet todos os dias. Destas, 53% visitam
perfis de redes sociais e usam serviços de mensagens instantâneas, 39% acessam
contas de e-mail, e 37% assistem a vídeos em sites como o YouTube. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As principais atividades destas crianças segundo o relatório
são pesquisa escolar, redes sociais e acesso a vídeos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Confira o gráfico publicado pelo jornal Folha de São Paulo, no caderno Mercado, página B4, em 3 de outubro de 2012: </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIGGxFVcRxhsWcvKVSS-tOf08ui7h3KtuiCVjLoRUcb8P1nUXcgwptUEIZ0OaL1bAsuTFBxX-wNXNrli3Eph-hPwxYJ5_aXvIK2GyPa2L3YP6IZzoSBHBIdwWIJfe6l6gP5A_6sx16mNjU/s1600/TIC+Kids.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIGGxFVcRxhsWcvKVSS-tOf08ui7h3KtuiCVjLoRUcb8P1nUXcgwptUEIZ0OaL1bAsuTFBxX-wNXNrli3Eph-hPwxYJ5_aXvIK2GyPa2L3YP6IZzoSBHBIdwWIJfe6l6gP5A_6sx16mNjU/s1600/TIC+Kids.jpg" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1748893273308923907.post-14773608808875502022012-10-02T13:28:00.004-03:002012-10-03T17:36:49.499-03:00Unemployee of the year <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDdik2hYhPE2545W8eBUWUDjmWqlee-IPJDS5AMhc2p7dvtGUZa32j5gBrtJBd8F6AY8JxXXtTP-WU04L8VVHsjeG8VNTdWUEHXjJSiXNEk3P9guAigmM-nOMYA7e6YIyvYZN5noxT1QBF/s1600/ben.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="451" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDdik2hYhPE2545W8eBUWUDjmWqlee-IPJDS5AMhc2p7dvtGUZa32j5gBrtJBd8F6AY8JxXXtTP-WU04L8VVHsjeG8VNTdWUEHXjJSiXNEk3P9guAigmM-nOMYA7e6YIyvYZN5noxT1QBF/s640/ben.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nada mais pertinente do que a
recente campanha da Benetton, intitulada “Unemployee of the year”, dedicada aos
milhões de jovens desempregados no mundo. Como sempre, a marca sai na frente ao
se esforçar em criar uma relação afetiva com o consumidor. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como aponta o recente balanço
divulgado pela <a href="http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/">Eurostat</a>, instituto oficial de estatísticas da União Europeia,
mais da metade dos jovens gregos e espanhóis estão fora do mercado de trabalho.
Na Espanha, a taxa de jovens (até 25 anos) em idade economicamente ativa sem
emprego chegou, em agosto deste ano, a 52,9%. Já na Grécia, esse número sobe
para 55,4%, segundo dados de junho de 2012. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No total dos 17 países que
compõem a zona do euro, o índice de jovens desempregados chegou a 22,8% em
agosto e, entre os 27 países da União Européia, a taxa é de 22,7%. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se num passado, nem tão distante
assim, a marca explorou com êxito temas como estilo de vida, culturas e etnias, e arte contemporânea, hoje a estratégia é alavancar a profunda
ligação emocional com o duro cenário de austeridade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Confira o gráfico publicado pelo jornal Folha de São Paulo, em 02 de outubro de 2012, na editoria Mudo, página A8. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBs3_NcLja4JDzjUNgAjLRCJDE6rJjcZOhW3kAqYbV9sW9rUDbsjJaAlDV1kpbZAaeTvpUWAZTDBVs4EgH6ssuaVEP1jVwtDiRHx50FNdLhf99-3ljo4pjDluw-wnMKcyvw_bqwIckaNl4/s1600/desemprego.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBs3_NcLja4JDzjUNgAjLRCJDE6rJjcZOhW3kAqYbV9sW9rUDbsjJaAlDV1kpbZAaeTvpUWAZTDBVs4EgH6ssuaVEP1jVwtDiRHx50FNdLhf99-3ljo4pjDluw-wnMKcyvw_bqwIckaNl4/s640/desemprego.jpg" width="640" /></a></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17875345853034983548noreply@blogger.com0